HORA CERTA EM JEQUIÉ

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MENSAGENS SEMANAIS

A vida é curta, tente vive-la intenssamente sem nunca se arrepender com o que acontece

domingo, 17 de outubro de 2010

Homens invadem casa e matam dono de jornal em SP

O jornalista Wanderlei dos Reis, de 42 anos, foi baleado na noite do último sábado (16) por três homens armados dentro da própria casa, no centro de Ibitinga (SP). Ferido, ele morreu na manhã deste domingo (17). Reis era dono do Jornal Popular News, uma publicação periódica e gratuita na cidade, voltado basicamente para a política. A Polícia Civil investiga o caso e ainda não tem pistas sobre a autoria do crime.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), durante a noite de sábado (16), Moisés Fernandes da Silva, de 20 anos, que morava na mesma casa com o jornalista, escutou um homem chamando por Reis. Ao sair no portão, encontrou três homens que o seguiram e fizeram ele e o jornalista reféns dentro de um quarto. Inicialmente, segundo a polícia, pensaram tratar-se de um roubo.

Tanto o jornalista quanto o colega foram agredidos fisicamente. Minutos depois, a porta do cômodo foi aberta e o jornalista retirado à força pelos criminosos, segundo a PM, quando Reis foi levado até a cozinha. O delegado Carlos Ocon de Oliveira, de Ibitinga, diz que um dos homens disparou um tiro na perna da vítima. A bala acertou a artéria femoral de Reis, que foi socorrido e morreu no hospital.

"Ainda estamos investigando e é prematuro saber o motivo do crime. Não sabemos se é por coisas pessoais ou pelo fato dele ser dono de jornal", falou o delegado, dizendo não acreditar em latrocínio. O depoimento da única testemunha não foi revelado.

Marina faz duras críticas a PT e PSDB em carta aberta

Em carta aberta a ser encaminhada aos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), a ex-candidata do PV à Presidência da República, senadora Marina Silva, fez duras críticas aos partidos de seus ex-adversários, aos quais chamou de "fiadores do conservadorismo". Na plenária do partido hoje que confirmou a posição de independência da legenda no segundo turno, Marina lamentou a disputa do "poder pelo poder", o tom agressivo das discussões na eleição e a dificuldade dos candidatos em debaterem temas novos, numa clara referência à questão do desenvolvimento sustentável.

Marina começou seu discurso agradecendo seus ex-adversários por procurar seu apoio, mas lamentou que as candidaturas não tenham se posicionado com clareza sobre as 10 propostas encaminhadas pelo PV, entre elas a do novo Código Florestal, a reforma política e a construção de novas usinas nucleares. Mais adiante, a senadora criticou a dualidade da política brasileira na história republicana, o histórico confronto entre duas forças opostas e o pragmatismo da "velha política". "Republicanos versus Monarquistas, UDN versus PSD, MDB versus Arena e agora, ironicamente, PT versus PSDB", comparou. "Dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas consequências", lamentou.

Na carta, Marina avalia que os quase 20 milhões de votos obtidos pelo PV no primeiro turno das eleições presidenciais representam um "recado político relevante" a favor da superação do velho modelo. "Entendam os (votos) como a expressão de um desejo enraizado no povo brasileiro de sair do enquadramento fatalista que lhes reserva de escolher outros valores e outros conteúdos para o desenvolvimento nacional", disse.

Ao mencionar o voto dos evangélicos em sua candidatura, a senadora afirmou que seus ex-adversários fazem uma leitura errônea do eleitorado cristão. "Aqueles com quem compartilho os valores da fé, vão além da identidade espiritual. Sabem que votaram numa proposta fundada na diversidade, com valores capazes de respeitar os diferentes credos", alfinetou. Ela ressaltou que, em nenhum momento da campanha, fez de sua fé "uma arma eleitoral". No final da leitura da carta, Marina destacou que a bandeira do desenvolvimento sustentável será o foco de quem tiver o perfil de estadista.

Consenso

Após a plenária, a ex-candidata comemorou o fato de o partido ter chegado a um consenso. "O PV encontrou uma posição que eu também encontrei", afirmou. Questionada sobre em quem votaria neste segundo turno, Marina desconversou e se limitou a dizer que "voto é secreto". Sobre se já havia votado nulo, ela tergiversou. "Não me lembro".

Ao negar que tenha "lavado as mãos" sobre o apoio a Dilma Rousseff ou a José Serra, Marina disse que não estava ali para "oferecer um destino" aos eleitores. A ex-candidata sugeriu que ambos procurem fazer um "convencimento maduro dos eleitores" com propostas. "A sociedade deu um sinal claro de que não quer o confronto", diss

Entenda os motivos da queda do dólar no Brasil e no mundo

Inundação’ de dólares derruba valor da moeda no mundo

A queda do dólar frente ao real tem centrado as atenções da equipe econômica do governo nas últimas semanas. Com a moeda estrangeira atingindo sua cotação mais baixa em mais de dois anos, por volta de R$ 1,65, Ministério da Fazenda e Banco Central têm se desdobrado para segurar uma queda mais brusca da divisa e evitar danos ao setor exportador.

A desvalorização da moeda norte-americana, no entanto, não é um fenômeno restrito ao Brasil. O dólar também perde valor frente a uma série de moedas, descambando para o que, por aqui, já vem sendo chamado de “guerra cambial”, com diversos países tomando medidas para controlar a valorização da moeda nacional.

Além das medidas brasileiras – que até agora incluíram aumento da alíquota do IOF para investimento estrangeiro na renda fixa e elevação da capacidade do governo para “enxugar” o excesso de dólares no país – Japão e Coreia do Sul, entre outros, também entraram na roda.

“Na verdade cada país fica tomando medida só na parte doméstica, quando seria mais produtivo que houvesse coordenação”, afirma o professor do Insper (ex-Ibmec São Paulo) José Luiz Rossi. “Isso acaba colocando pressão em outros países para também adotarem medidas. Ficam ineficientes essas medidas unilaterais”, diz ele.

Nessa disputa, a China tem sido apontada como vilã. “A China é o caso extremo, porque ela mantém uma paridade com uma taxa de câmbio mais desvalorizada, com a política brutal de acumulação de reservas. Obviamente é de interesse [dos outros países] que ela flexibilize um pouco mais o mercado cambial. Sem isso os outros vão ficar tomando essas medidas pontuais”, pontua Rossi.

De acordo com o economista Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Negócios, a atitude chinesa é a mesma adotada há muito tempo. O que mudou, diz, foi a situação externa, ainda decorrente da crise financeira: “o que se agravou é que os países desenvolvidos, Estados Unidos, Europa, Japão, estão emitindo muita moeda, jogando dinheiro no mercado pra ver se a economia se aquece” – e quanto mais dinheiro emitido, menos ele vale. “São os países desenvolvidos que estão com ritmo de crescimento muito baixo, e para ativar estão injetando dinheiro no mercado”, diz ele.

“A economia americana não está indo tão bem, e isso tem impacto na própria moeda do país”, concorda Luiz Fernando Orlando, gerente de câmbio da TOV. “Tem ainda um grande desemprego, a indústria ainda não retomou suas atividades, e isso favorece a depreciação do dólar como instrumento de pagamento”.

TRAGÉDIA - Ônibus bate, cai em rio e mata 11 em MG

Fotam dois ônibus, sendo que um deles levava membros da Apae. 23 ficaram feridos

Pelo menos 11 pessoas morreram e 23 ficaram feridas em um acidente à 0h30 deste domingo, na MG-451, em Carbonita, na região do Jequitinhonha/Mucuri, em Minas Gerais.

De acordo com a Polícia Militar (PM), um ônibus que saiu de Montes Claros com integrantes da Associação de Pais e Amigos e dos Excepcionais (Apae), que tinha como destino a cidade de Ipatinga, bateu em outro ônibus sobre a ponte do Rio Araçuaí. Com o impacto, um dos veículos caiu dentro do rio.

Segundo a PM, um ferido foi encaminhado para Diamantina, 14 para Carbonita e oito para Itamarandiba. Os corpos devem ser levados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Carbonita. A PM disse ainda que o grupo da Apae estava em Montes Claros participando de competições esportivas.

Dilma sofreu maior baixa no Datafolha entre os evangélicos


Ao se observar o comportamento dos eleitores divididos por grupos religiosos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sofreu sua maior baixa entre os evangélicos não pentecostais. Ela desliza de 40% para 36%, de acordo com pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem.

Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, a oscilação da petista ficou dentro desse limite máximo. Na pesquisa anterior, ela poderia ter no mínimo 38%. Na atual, chegaria a esse patamar no limite positivo da margem.

Os evangélicos não pentecostais são 6,3% dos eleitores brasileiros.

Nesse grupo, José Serra (PSDB) registrou uma variação positiva, também dentro da margem de erro, indo de 48% para 50%.

Os temas religiosos dominaram esse início de campanha no segundo turno, sobretudo com relação às propostas dos candidatos sobre a descriminalização do aborto. Ambos, Dilma e Serra, afirmam ser contrários a alterar a lei atual.

Apesar do predomínio desse assunto nas propagandas de rádio e de TV, todas as variações em grupos religiosos ficaram dentro ou muito próximas à margem de erro.
Curiosamente, a maior variação se deu entre os eleitores que declaram não ter religião (5,8% do total do país).

Nesse segmento, Dilma desceu seis pontos, de 51% para 45%. Já Serra subiu cinco pontos, de 35% pra 40%.

MARINEIROS

Outra forma de aferir como se deram as pequenas variações nos percentuais de Dilma e de Serra nesta primeira semana de campanha para o segundo turno é observar o comportamento dos eleitores de Marina Silva (PV). Ela está fora da disputa por ter ficado em terceiro lugar.

Entre aqueles que votaram em Marina no primeiro turno e agora assistiram à propaganda política na TV, só 38% dizem que o comercial de Dilma Rousseff é ótimo ou bom. Já o programa de Serra é considerado ótimo ou bom por 52% dos marineiros.

A influência da candidata verde surge agora maior do que seu percentual de votos (19,3%). Segundo o Datafolha, 25% dos eleitores poderiam votar em alguém indicado por Marina. Mas para 55% esse apoio seria inócuo. E há também 15% que rejeitaram esse tipo de recomendação.

ELITE

Algumas oscilações positivas de Dilma se deram em grupos nos quais Serra em geral tem melhor desempenho. Por exemplo, entre os eleitores de nível de escolaridade superior (14% do total do país), a petista variou dois pontos, de 36% para 38%. Já Serra viu seu percentual ir de 50% para 47%.

Entre os eleitores com renda média mensal de mais de dez salários mínimos (4,4% do total dos brasileiros), a petista subiu cinco pontos, de 33% para 38%. Serra desceu de 58% para 53%.

Os mais escolarizados e de renda superior são os grupos nos quais Marina Silva começou sua ascensão no primeiro turno.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eleições 2010 – Dilma Rousseff é entrevistada no Bom Dia Brasil, promessas impossiveis

A candidata do PT à presidência foi entrevistada no Bom Dia Brasil, pelos jornalistas Renato Machado, Renata Vasconcelos e Miriam Leitão.
O Bom Dia Brasil dá continuidade à série de entrevistas com os principais candidatos à presidência.O sorteio, acompanhado por assessores dos partidos, determinou, para hoje, a entrevista com a candidata do PT, Dilma Rousseff.Para não atrapalhar a agenda dos candidatos nesta reta final da campanha, o Bom Dia Brasil ofereceu a eles que a entrevista fosse gravada na noite anterior.

Acertou-se com os candidatos que as entrevistas gravadas seriam exibidas sem cortes ou edição. Foi assim com Dilma Rousseff. Veja a entrevista gravada ontem à noite.

Renata Vasconcellos – Candidata, são promessas suas de campanha: criar 500 unidades de pronto atendimento, o governo Lula criou 123; construir seis mil creches e pré-escolas, no governo Lula foram 1.800, menos de 1.800; construir mais de 2 milhões de casas populares, no governo Lula foi a metade. Por que o governo não fez em oito anos o que a senhora está prometendo fazer em quatro?
Dilma Rousseff –
Primeiro porque naquele momento em que nós iniciamos o Brasil ainda tinha uma imensa dificuldade, tanto no que se refere ao problema das suas contas públicas quanto ao que se refere à inflação, que tinha chegado a 2%. E também pelo fato de que a gente ainda tinha uma dívida grande com o Fundo Monetário, quando o governo Lula começou. Quando a gente conquista todas as condições para que a gente possa colocar o investimento na ordem do dia, gerar mais emprego e colocar o programa de aceleração do crescimento é num segundo período do governo Lula e aí a gente tinha uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto em torno de 3,5 e 4%. Agora não. Agora o Brasil está crescendo em torno, nós calculamos para fazer o PAC 2, que são R$ 955 bilhões, ou seja quase um trilhão, nós estamos fazendo um cálculo até conservador, uma taxa de crescimento da economia de 5,5%, uma avaliação da taxa de inflação entre 4,5 e 5. E uma tendência decrescente do endividamento público chegando no final de 2014 com 28%. Fazendo todos esses cálculos, é consistente o gasto que eu apresento, ou seja, é possível garantir e assegurar que dá para fazer 500 UPAs, dá para fazer um investimento de quase R$ 45 bilhões em água tratada, esgoto, drenagem.
Renata –
Pois é, candidata, não são promessas, tudo bem, não deu para fazer em oito anos, mas agora em quatro anos, segundo a senhora, daria. Mas não são promessas quase impossíveis de serem cumpridas, por exemplo, quando a senhora sugere construir 10 mil quadras esportivas nas escolas. Para isso virar realidade seria preciso construir todo dia sete quadras durante quatro anos, na questão das creches, quatro por dia, sendo que cada creche demora seis meses. Enfim, e por aí vai, são mais de 1,3 mil casas por dia, não é difícil de cumprir?
Dilma – Você sabe, quando a gente começou o Minha Casa Minha Vida e a gente colocou a meta para os empresários, que eles construíram o projeto junto com a gente, eles só queriam construir 200 mil. Hoje tem já contratadas mais de 600 mil casas do Minha Casa Minha Vida, já passou dos 500 mil. Tem uma coisa que é muito importante.

Renata – Mas a senhora está propondo 2 milhões em quatro anos.

Dilma – Tem uma coisa que é muito importante e que todo mundo conhece, que chama curva de aprendizado. A capacidade que o ser humano tem de aprender a fazer.

Renato Machado – Foi bom candidata, desculpe interromper, foi bom candidata a senhora ter mencionado a palavra aprendizado. Eu tenho números aqui do IBGE. O Brasil tem o pior desempenho entre os países do Mercosul na evasão escolar e na reprovação de alunos. Por que o governo não conseguiu melhorar esses números, candidata?

Dilma – Olha, o governo conseguiu dar um passo grande no que se refere à melhoria dos índices, do Ideb. Sobretudo pelo seguinte, nós tivemos um período, tanto no que se refere à educação quanto no que se refere à infraestrutura, sem investimento. Para você ter uma ideia, esse processo é um processo que começa, por exemplo, com uma proibição de investir em escolas técnicas. Você veja que o governo federal não podia fazer escolas técnicas no Brasil porque tinha uma condição feita por uma lei de 1998 que dizia o seguinte: só pode investir em escola técnica se a prefeitura ou o estado garantir o custeio. Quando nós voltamos a investir em escolas técnicas, nós fizemos 214 escolas técnicas.
Renata – Mas hoje o país enfrenta uma escassez de mão de obra.
Dilma –
Em um século, até 2003, tinham sido feitas 140. Nós vamos deixar o governo tendo feito 214. Tem uma questão que é a seguinte, até foi o empresário Gerdau que me disse uma vez: meta é algo que você coloca para você para cumprir, se mobilizar para fazer. Essa é uma questão fundamental. Quando eu comecei a fazer o PAC, por determinação do presidente Lula, não existia projeto, Renata. Sabe o que é projeto? Não tinha projeto, não tinha projeto básico, não tinha nenhum processo que a gente chama prévia ou licenciamento, que é o projeto básico ambiental para você ter licença prévia. Nós mobilizamos os governos estaduais e os municipais. Hoje o Brasil está cada vez melhor nessa área. Nós, eu te asseguro, o PAC 2 ele reflete não é o aprendizado do governo federal, ele reflete o aprendizado das prefeituras, que melhoraram a qualidade dos seus projetos, e dos estados. Melhorou muito.
Miriam Leitão – Candidata, o BNDES tem feito escolhas de campeões, empresas para concentrar financiamentos. Alguns desses financiamentos são ruins, por exemplo, o financiamento para um frigorífico que quebrou três meses depois, um outro frigorífico foi para comprar um frigorífico no exterior que não criou emprego no Brasil. As empresas estatais estão crescendo, aumentando o número de empresas estatais, tudo lembra o ideário econômico do governo militar. Se a senhora for eleita, a senhora pretende reconstruir esse modelo, que entre outras coisas ruins, trouxe a escalada inflacionária?

Dilma – Olha, Miriam, eu acho que o BNDES teve um papel importantíssimo. Quando veio o choque de crédito, você deve se lembrar, sumiu o crédito no Brasil, ao invés das empresas brasileiras quebrarem, elas não quebraram dessa vez, nem tampouco o governo federal quebrou. Nós saímos da crise. Fomos os últimos a entrar e os primeiros a sair. Um dos motivos foi o BNDES. Nós capitalizamos o BNDES com R$ 180 bilhões. Um país que não reage à crise a garantir os empregos, nós não fizemos só isso com o BNDES, nós reduzimos impostos, tanto na indústria automobilística quanto na linha branca.
Miriam – Ninguém tem dúvida do papel do BNDES, é importante. Mas assim…

Dilma – Eu completo.
Miriam -
Mas nesses casos específicos, esses casos que eu falei, a senhora não acha que houve um erro de gestão, um erro de escolha?
Dilma - Não concordo. Acho que o BNDES tem uma taxa de inadimplência muito pequena, de 0,2%. Risco de crédito sempre há. Eu considero que o Brasil está numa outra etapa, diferentíssima dos governos militares. Primeiro, porque vivemos uma democracia e nós duas sabemos o valor da democracia, de você poder se expressar livremente, de ter liberdade de imprensa.
Miriam – Eu falei no ideário econômico, claro que não no ideário político.
Dilma –
Do ponto de vista econômico nós fomos completamente diferentes também. Pelo seguinte. Nós acreditamos na força da iniciativa privada no Brasil. Só não achamos que o estado, por isso, não tem de estar presente dando as condições para investimento. Então, vou te falar uma coisa. No Brasil, hoje, nós temos crédito de longo prazo graças ao BNDES. Sabe qual foi uma das maiores dificuldades para fazer o Programa de Aceleração do Crescimento, é que crédito de longo prazo no Brasil era cinco anos. Cinco anos você não faz hidroelétrica, não faz transposição do rio São Francisco, você não constrói gasoduto, você não faz grandes obras que o Brasil precisa para poder garantir que nós continuemos gerando os 14 milhões de empregos, mais de 14, vamos chegar a 15 milhões.

Renata – Pois é, então, candidata, falando de investimentos, vamos falar de reforma. A reforma tributária. A senhora a pouco tempo, em uma entrevista recente, disse que a situação dos impostos no Brasil é caótica.

Dilma - Eu acho.
Renata - Então, porque em oito anos de governo o presidente Lula e a senhora não fizeram a reforma tributária?
Dilma - Olha, nós enviamos várias reformas ao Congresso. Há um problema seríssimo, eu acho que vocês também sabem disso, que é o fato que sempre que você quer fazer uma reforma tributária coloca-se em cima da mesa a questão dos recursos entre os estados, a União e os municípios. Tem muito estado que não quer perder. Então, há uma dificuldade de fazer a reforma, mas eu quero dizer que o governo Lula tentou e algumas nós fizemos. Eu vou dar exemplo: o Super Simples, a isenção para as micro e pequenas empresas, o micro empreendedor individual. E isso, inclusive, é responsável por um dos mecanismos muito importantes do ponto de vista econômico, que foi a formalização tanto do emprego como das empresas. Eu vou fazer uma reforma tributária porque eu acho que eu tenho de colocar isso como prioridade. Primeiro, porque se não reduzir imposto de investimento, o país não ganha em competitividade. Segundo, porque também tem de diminuir a distorção com a tributação que existe sobre a folha de salários. Terceiro, porque tem uma coisa gravíssima no Brasil que é você tributar o mesmo produto de forma diferenciada entre os estados da federação, permitindo que entre produtos baratos, importe-se produtos e que haja uma competição desleal com ramos da economia.

2ª parte

Renato – A senhora trabalhou durante mais de sete anos com a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Ela foi seu braço direito. A senhora nunca notou nenhuma irregularidade?

Dilma – Eu, até hoje, nunca vi nenhuma prova e nenhuma ação inidônea da ex-ministra Erenice. Isso não significa que, em havendo denúncias, elas não tenham que ser apuradas. E eu acredito que ninguém está acima das suspeitas. Acho que tudo tem que ser apurado. Agora, eu não tenho, até hoje, nenhum conhecimento de um ato inidôneo da Erenice.

Renata – Mas, candidata, houve demissão de, pelo menos, quatro pessoas, e o filho de Erenice Guerra trabalhava em órgãos da área de influência da Casa Civil. Parentes da ex-ministra ganharam cargos públicos. A senhora nunca reparou nada?

Dilma – Olha, eu não, eu posso dizer, sim, com absoluta franqueza, eu nunca aceitei nem nomeação de parentes nem nomeação por critérios de amizade. Quem me conhece, eu tenho 25 anos de vida pública…

Renata – Por que aconteceu, então?

Dilma – Eu não tenho como responder por ela. Agora, acho que, até onde eu a conheci, ela era uma pessoa bastante idônea. E acho também que isso não significa que eu esteja defendendo a não apuração de responsabilidades. Eu acho que a maior interessada que se apure tudo sou eu. Eu quero que se apure qual é o nível de responsabilidade da ex-ministra Erenice em relação a esses fatos. Porque também resta ser provado que ela tem responsabilidades. É muito perigoso a gente ficar condenando as pessoas sem ter provas. Eu e a minha campanha, para vocês terem uma ideia, eu fiquei três meses sendo acusada, a minha campanha sendo acusada de ser responsável pela quebra de sigilo fiscal em um momento em que eu não era candidata, não era pré-candidata. Não tinha campanha, nem pré-campanha. A partir de agora, vocês até noticiaram, apareceu o responsável. Então, eu acho que merece apuração. Eu não vou fazer pré-julgamento em relação a quem quer que seja. Acho que tudo tem que ser rigorosamente investigado. Doa a quem doer.

Miriam – Ainda ficando nesse caso, a senhora inicialmente disse que era um caso, um factóide de um filho de uma ex-funcionária. Mas, depois o tempo foi passando e outras informações surgiram, e agora sabe-se que o caso envolve dois filhos, marido, irmão, sócio do filho. Assessores da Casa Civil, quatro foram demitidos até o momento. Eu queria saber o seguinte: é um factóide ou um caso que leva a quatro demissões, portanto um caso importante que envolve indícios claríssimos de nepotismo e outras coisas assim?

Dilma - Sabe, Miriam, eu tenho a seguinte posição. A primeira denúncia dizia respeito ao filho da pessoa. Então, eu não posso ser responsabilizada pelo que faz o filho ou o parente de alguém. As respectivas pessoas envolvidas, elas vão ser objeto de uma investigação que inclusive foi pedida por nós, pela Polícia Federal. É fundamental que a gente tenha clareza antes de condenar. Faz parte da civilização a gente provar primeiro e julgar depois.

Miriam – Ele já admitiu que recebeu R$ 120 mil.

Dilma – Mas ele recebeu. Ele é culpado. Se ele admitiu que recebeu e se acha que aquilo é indevido, ele é culpado. Então, ele vai pagar por isso. Agora, daí a fazer qualquer relação com a minha campanha é que são outras… Quer dizer, são outros quinhentos. Porque a minha campanha não está envolvida com essa história.

Renata – Candidata, vamos falar de outra reforma importante. A senhora concedeu uma entrevista em maio e disse que é preciso, na época, estender a terceira idade um pouco mais para lá. Os jornais interpretaram essa sua declaração como uma defesa de mudanças nas regras da aposentadoria. Em seguida, a senhora disse que a imprensa tinha entendido tudo errado. A senhora poderia, então, esclarecer pra gente. Quer dizer, é preciso uma ideia mínima para quem se aposenta ou aumentar o tempo de contribuição?

Dilma – Infelizmente, nesse dia, eu fiz uma brincadeira comigo mesma. Eu disse: a terceira idade, cada dia ela se estende um pouco pra lá. Eu tenho 62 anos, Renata. Era sobre isso que eu estava dizendo.

Renata – O que é muito bom, é uma boa notícia se estender um pouco mais para lá.
Dilma –
O que acontece: eu acho que nós temos uma grande vantagem no Brasil. Nós temos a chamada janela demográfica. Nessa janela demográfica, o Brasil hoje tem mais jovens em idade de trabalhar do que a chamada população dependente: crianças e idosos.
Renata –
Mas a população está envelhecendo.
Dilma –
Pois é, mas esse é um processo que é de médio… Não é de curto prazo. O Brasil ainda tem, nessa janela demográfica, o que se calcula é para além de 2025. Eu acho que hoje você não tem um quadro para justificar uma grande alteração na estrutura da área brasileira no que se refere aos mecanismos de aposentadoria. Aliás, se a gente for ver o déficit da Previdência, o que você vai notar? Você vai notar que toda contribuição urbana é superavitária. O que que é deficitária? Deficitária são as políticas que a constituinte e a Constituição previram no que se refere, por exemplo, à aposentadoria dos trabalhadores rurais que não tinham contribuição prévia. Isso não é problema, eu diria assim, previdenciário. Isso é um problema decorrente de uma política pública adotada pelo Brasil. Eu não resolvo essa questão mudando a idade da aposentadoria. Eu posso fazer o que eu quiser, mas tem uma parte da população que quem tem que assumir o ônus pela política pública de aposentar o trabalhador rural é o Tesouro Nacional.

Míriam – Candidata, é o seguinte: saíram os dados agora do PNAD no IBGE, do saneamento. E eu estava com esperanças de ver um número melhor. Mas o número piorou. Caiu de 59,3% para 59,1% a cobertura de rede de esgoto, incluindo-se fossa séptica ligada à rede coletora, que é um número muito ruim. O Brasil tem tradicionalmente números muito ruins de saneamento. Por que é possível um número tão ruim? Como é possível que a gente chegou a esse número depois de sete anos do governo e dois anos do PAC?

Dilma – Quatro. Eu vou tentar explicar por quê. Eu concordo contigo, eu acho que uma das coisas mais graves do Brasil é o fato de a gente não ter investido em saneamento. A proporção, os gastos com o saneamento nos períodos passados eram pífios, absolutamente pífios.

Míriam – Nesse governo também.

Dilma – Não, nós elevamos o saneamento em três vezes. Levamos investimento para o saneamento. Nós investimos, no PAC, perto de R$ 40 bilhões, R$ 39 bilhões. O problema é o seguinte: quem investe no PAC? Quem investe em saneamento? Me desculpa, Míriam. Quem investe em saneamento é basicamente prefeituras e estado; os estados brasileiros e as prefeituras. O Governo Federal o que fez? Porque o Governo Federal não fazia isso não. Nós colocamos dois recursos: um recurso que foi Orçamento Geral da União. Tiramos do Governo Federal e colocamos à disposição de prefeituras e estados. E financiamos também, coisa que muita gente acha que é algo tranquilo. Ou seja, quem está recebendo dinheiro é quem está sendo responsável. Não é. Você sabe perfeitamente que havia um controle absoluto de financiamento no Brasil. Então, o que acontece? Os estados e as prefeituras levam em média 65 meses para concluir o processo de investimento entre fazer o projeto executivo, fazer o projeto básico, fazer a licença ambiental e contratar a obra. O processo de maturação das obras do PAC não é captado nessa PNAD. Ele vai ser captado na PNAD de 2011 e 2012, porque tem uma porção de obras em andamento. Isso vale para todos os estados da federação sem exceção: vale para Billings e Guarapiranga, vale para todas, por exemplo, vale para a Baixada.
Renato – Candidata, desculpe, mais uma vez, eu interromper a senhora já no final da sua argumentação, mas estamos chegando ao fim do programa, e a senhora tem 30 segundos para fazer as suas considerações finais.
Dilma – Eu concordo que tem muito o que fazer. Eu acredito que o Brasil hoje tem diante de si uma única oportunidade. Hoje, nós temos condição de seguir investindo no tratamento de água, no saneamento. Tem muita coisa para fazer, porque tem um processo longo do que não foi feito: fazer dois milhões de casas, construir seis mil creches, construir 500 UPAs. Mas sobretudo o que eu acho é que o Brasil achou seu rumo.
Renata –
Candidata, desculpe, eu vou ter que interrompê-la para que a gente possa fazer da mesma forma que fizemos com os outros candidatos.

Dilma – Perfeito, eu te agradeço muito. E agradeço ao Renato e a Miriam pela oportunidade. A candidata do PV, Marina Silva, foi ouvida na segunda-feira (20) e o candidato José Serra (PSDB) será entrevistado na quarta-feira (22).

Caça a Dilma Rousseff

Começou para valer a sucessão do presidente Lula e a temporada de caça à ministra Dilma Rousseff, possível candidata petista à presidência da República em 2010, se até lá ela conseguir sobreviver. O primeiro ataque, desfechado por Veja – alguma surpresa? – teve suíte com um "furo" da Folha de S. Paulo no dia 28 de março e nova suíte da Veja neste fim de semana, dando início ao mesmo processo que acabou tirando do governo dois importantes ministros: José Dirceu e Antônio Palocci.

No mesmo dia 28, Kennedy Alencar, colunista da Folha Online, tratou de pôr mais água no moinho do "Dilmagate", como batizou a Folha o episódio. Diz ele que "a semelhança com o caseirogate é evidente. O poderoso Antonio Palocci Filho caiu do Ministério da Fazenda em março de 2006 porque houve o vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Palocci nega até hoje participação no vazamento".

Tem gente que vê cada semelhança!

No Observatório da Imprensa, o jornalista Luciano Martins Costa raciocina, em artigo divulgado naquele mesmo dia sobre o auê da Folha: "Mas aquilo que mais interessa ao leitor não está dito: a lista com alguns itens de gastos pode ser chamada de ’dossiê’? E qual é a verdadeira dimensão do acontecimento, se o propósito da CPI, afinal, é quebrar o sigilo sobre todas as despesas pessoais tanto deste governo como do governo anterior?".

Luciano acena com a possibilidade de tudo aquilo não passar de uma tempestade em copo d’água.

Aliás, foi essa minha opinião, no espaço de comentários daquele artigo: "Não há dúvida, é uma tempestade em copo d’água que logo estará esquecida. A ministra da Casa Civil teria que demitir a secretária-executiva se esta não tivesse tomado aquela iniciativa de levantar os gastos de cartões do governo anterior, se prevenindo para o que surgisse na CPI. Qualquer assessor político com um mínimo de competência teria feito isso, se adiantando aos fatos. É uma coisa tão corriqueira, que ela nem precisaria ter avisado à ministra sobre o que estava fazendo".

Vamos aguardar pelos próximos episódios.

Eles virão, não tenham dúvidas. Haverá requentamentos de matérias, outras serão inventadas e detalhes criados dando origem às mais estapafúrdias interpretações. Dilma Rousseff tem uma biografia interessante, ainda pouco explorada e propícia a muitas divagações da imprensa e dos marqueteiros.

Mas não custa lembrar o que escreveu a Veja, em janeiro de 2003, quando Dilma Rousseff era ministra das Minas e Energia e José Dirceu o ministro da Casa Civil. Título: "O cérebro do roubo ao cofre – Com passado pouco conhecido, a ministra envolveu-se em ações espetaculares da guerrilha". A reportagem assinada por Alexandre Oltramari diz que o governo Lula tem dois ex-guerrilheiros com posto de ministro de Estado. O texto é ilustrado com duas fotos do tempo em que ela foi presa, com a seguinte legenda: "A ficha nos arquivos militares de Dilma Rousseff, hoje ministra das Minas e Energia: só em 1969, ela organizou três ações de roubo de armamentos em unidades do Exército no Rio de Janeiro".

Não vou alongar, porque a reportagem está disponível no Google e a queda de José Dirceu é bem conhecida. E porque teremos nos próximos dois anos uma série de novas versões a respeito, se a pré-candidata sobreviver até lá. E ela é dura na queda, pois sobrevive ao conhecido processo de autofagia da esquerda brasileira com notável desempenho. De qualquer forma, não se surpreendam se, numa dessas reportagens, como fez a Veja recentemente com um guerrilheiro cubano famoso, lerem que Dilma fedia ao ser presa. Sem dúvida, ao ser torturada nos porões da polícia política, ela e nem ninguém cheirava bem.

O que importa é que Dilma Rousseff não se envergonha de seu passado, ao contrário de muita gente na idade dela, e até já procurou reparações. Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou seu pedido de concessão de reparação moral. Reproduzo aqui trechos de artigo de Jorge Serrão no blog Alerta Total, de 20 de dezembro de 2006:

Dilma faz parte do folclore da luta armada. A guerrilheira organização marxista VAR-Palmares – e que já foi brizolista no passado – teria participado do assalto à casa de uma amante do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. Do cofre da residência, foram roubados US$ 2 milhões e 400 mil dólares. Dilma alega que ajudou no planejamento. Mas a guerrilheira aposentada garante não participou da ação. Por coincidência, sua reparação saiu no dia 14 de dezembro, data de seu aniversário de 59 anos.

Dilma, que é autora do livro "Mulheres que foram à luta armada" (1998) foi beneficiada pelo depoimento de uma companheira de guerrilha. Vânia Amoretty Abrantes relatou que foi transferida com ela, no mesmo camburão, de uma prisão em São Paulo para o Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), sediado no quartel da Polícia Especial do Exército, na Rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro. Apenas por coincidência, Vânia Amoretty é diretora do Grupo Tortura Nunca Mais. Em nome da ONG, Vânia acompanha os trabalhos da Comissão Especial de Reparação.

Ano passado, Dilma fez lobby e recebeu a medalha do Mérito da Ordem Militar – o que irritou oficiais da ativa e da reserva das Forças Armadas contra as quais a guerrilheira Estela (seu principal codinome) lutou nos tempos da guerrilha urbana. Agora, essa "reparação moral" à Dilma vai gerar novas polêmicas. Até porque Dilma será a mulher forte do novo governo Lula. Atual presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, Dilma será a responsável por tocar os projetos bilionários de desenvolvimento que irão destravar o País", prometidos pelo presidente reeleito.

Até agora, a direita e a linha dura das Forças Armadas não têm criado grandes problemas à ex-guerrilheira. Como pré-candidata, talvez a coisa mude. Sobretudo, se tiver como concorrente José Serra, um ex-presidente da UNE, e que sabe jogar um jogo político da pesada.

Vai ser interessante acompanhar esse jogo bruto da política brasileira, mesmo sabendo que vamos nos irritar profundamente em muitos momentos da partida.

Muito mais interessante será se, com Dilma Rousseff, tivermos pela primeira vez uma mulher na presidência da República.

DILMA DIZ QUE NEM DEUS A IMPEDE DE SER PRESIDENTE

O CARA DO TITANIC TAMBÉM FALOU
"NEM DEUS AFUNDA ESSE NAVIO",
E DEU NO QUE DEU...


DILMA DIZ:
NEM MESMO CRISTO ME TIRA ESSA VITÓRIA.

Após a inauguração de um comité em Minas, Dilma é entrevistada por um jornalista local.

Veja:

"Como a senhora vê o crescimento da sua candidatura nas pesquisas?

O povo brasileiro sabe escolher, é a continuidade do governo Lula, e após as eleições nós vamos dessarmar o palanque e estender os braços aos nossos adversários, o candidato Serra está convidado a participar do meu governo, porque nesta eleição nem mesmo cristo querendo, me tira essa vitória, as pesquisas comprovam o que eu estou dizendo, vou ganhar no primeiro turno."

Parece que está caindo a imagem de boa moça e aparecendo quem realmente é a Dilma Roussef.

"O Povo Brasileiro estará cometendo um grande erro elegendo Dilma presidente e vão sofrer."
Ciro

Poucos minutos após a entrevista, já tinha caido na internet, twitter.... e ela disse ter sido mal interpretada e que a frase não foi essa, porém alguns mineiros já repudiam a candidata e o quadro eleitoral começa a dar uma reviravolta, em Minas a petista estava a frente de José Serra e agora Serra já ultrapassou com uma vantagem de 5 pontos, tanto que Aécio Neves já está aparecendo na TV pedindo aos mineiros o
apoio unânime a Serra.

domingo, 19 de setembro de 2010

Bancos brasileiros 'invadem' países da Ásia

SÃO PAULO - De olho no crescente interesse por ativos brasileiros na Ásia, bancos nacionais ou estrangeiros que atuam aqui vêm criando e/ou ampliando estruturas para atender a exigente clientela oriental. Profissionais fluentes em português e japonês têm sido contratados, e cursos para entender melhor a cultura local são promovidos. Já existem até anúncios de produtos financeiros brasileiros em jornais de grande circulação do Japão.

Também já é corriqueira a distribuição de panfletos promocionais com fotos de pontos turísticos brasileiros, como o Cristo Redentor, em ruas importantes de metrópoles como Tóquio. Eventos que há não muito tempo atrás eram restritos a investidores qualificados - os chamados road-shows - incluem, atualmente, pessoas físicas de classe média do Japão e de Taiwan.

"O mais interessante, desta vez, foi perceber que investir no Brasil não é mais visto como coisa exótica", disse ao Estado, de Cingapura, o principal executivo da área de administração de recursos do HSBC no Brasil, Pedro Bastos. No dia 8, ele iniciou, em Hong Kong, um road-show pela região. Passou por Japão e Taiwan, além de Cingapura. Em Tóquio, 800 investidores estiveram no evento. Em Taipei (capital de Taiwan), foram 750.

A primeira instituição de capital nacional a desbravar o mercado asiático foi o Itaú. "Começamos a visitar a região em 2006", conta Roberto Nishikawa, chefe da área global de investidores institucionais do banco. Em 2007, a instituição abriu uma corretora em Hong Kong e, em 2008, uma corretora em Tóquio.

"No começo foi muito difícil, porque o Brasil fica longe, tinha uma imagem ainda ligada à reestruturação da dívida e, para completar, crescia menos do que outros asiáticos. O investidor dizia: para que aplicar no Brasil, se aqui do lado há países que crescem muito mais?", relembra.

Hoje, ele não tem dúvidas de que a investida valeu a pena. O Itaú tem cerca de US$ 15 bilhões administrados em produtos na região, criados em parceria com instituições locais como Nikko, Daiwa, Shinko (as três no Japão) e KDB (Coreia do Sul).

O Bradesco tem 3 fundos dedicados a investidores asiáticos. O primeiro, de renda fixa, foi criado em novembro de 2008. De lá para cá, rendeu mais de 43% em ienes e 64% em dólares. Em fevereiro, abriu um (Amazon Brazil) para aplicação em ações. O mais recente, de ações de setores voltados para o consumo interno, foi lançado em junho e já rendeu 10,95% em ienes. No total, os três fundos têm patrimônio somado de quase US$ 2 bilhões.

"O que mais nos surpreende é o interesse das pessoas físicas", comenta o diretor de gestão e estratégia da Bradesco Asset Management e ex-secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. Para ele, é fundamental que o País corresponda, daqui para a frente, à confiança desses investidores.

O Banco do Brasil, que há anos tem uma estrutura no Japão voltada a brasileiros e sul-americanos que vivem no país, adaptou a estrutura local para receber também japoneses. "Ampliamos o foco de um ano para cá e já temos 4 mil contas correntes abertas por japoneses", disse o vice-presidente do banco, Alan Toledo.

Os números do Citibank Brasil também corroboram o aumento do interesse dos asiáticos. Segundo Pedro Guerra, responsável pela área de serviço de transações globais do banco no País, em 2009, os asiáticos tinham 7% dos recursos estrangeiros sob custódia da instituição. Hoje, são 14%, o equivalente a US$ 25,6 bilhões. "Os asiáticos olham mais o longo prazo."

Jerônimo Bittencourt indica lugares para praticar parkour

Desde que conheceu o parkour, em 2004, o bailarino Jerônimo Bittencourt, 27, não parou mais de pular pela cidade. A modalidade, que consiste em correr, saltar, escalar e fazer manobras usando como obstáculos muros, carros e outros objetos da paisagem urbana, já tem grupos de praticantes em vários bairros. Para o bailarino, que usa elementos do parkour na dança e dá aulas da atividade, ela não exige muita força. "Dá para fazer dentro do limite de cada um."

Jerônimo já andou fazendo peripécias por países como França e Inglaterra e acha que São Paulo é "a cara do parkour brasileiro". "No exterior, é muito mais fácil, tudo de tijolinho, tranquilo. Por não ser planejada, São Paulo tem obstáculos bem mais variados, o que permite um repertório maior de movimentos."

Jefferson Coppola/Folhapress
Jerônimo Bittencourt, 27, praticante de parkour e bailarino, escala e salta na escadaria da rua Havaí, em Perdizes
Jerônimo Bittencourt, 27, praticante de parkour e bailarino, escala e salta na escadaria da rua Havaí, em Perdizes

1. Escadão da rua Havaí
"Tem grande variedade de obstáculos, o que permite todo tipo de movimentação: dá para chegar de manhã e sair só à noite"
R. Havaí, perto do número 662, Perdizes, região oeste

2. Vale do Anhangabaú e praça do Terminal Bandeira, centro
"É preciso caminhar de um obstáculo a outro, mas eles estão num perímetro pequeno e são muito variados"

3. Parque Ibirapuera
"Tem que ter um olhar mais aguçado para encontrar os obstáculos e os seguranças são um pouco chatos, mas é legal por ser bonito e ao ar livre"

4. Av. 9 de Julho, na altura da praça 14 Bis, centro
"Tem muitos escadões nas laterais, muitas pontes, bons obstáculos para a prática da atividade"

Tiroteio e explosão matam quatro pessoas em hospital na Alemanha

Quatro pessoas morreram e um policial está gravemente ferido em uma cidade no sudoeste da Alemanha neste domingo (19), após uma explosão em um prédio residencial e um tiroteio no hospital da vizinhança, acontecimentos que as autoridades creem estarem relacionados.


Patrick Seeger/AFP
Carros da polícia e dos bombeiros diante do hospital Elisabethen, em Lörrach (Alemanha), onde uma mulher entrou atirando
Carros da polícia e dos bombeiros diante do hospital Elisabethen, em Lörrach (Alemanha), onde uma mulher entrou atirando

Duas pessoas foram encontradas mortas em um edifício de apartamentos que incendiou após uma explosão na tarde de hoje, segundo informou o procurador-geral da cidade de Loerrach, Dieter Inhofer, a uma televisão pública local.

Armada com um revólver, outra mulher foi vista correndo da explosão na vizinhança do hospital St. Elisabethen, local no qual ela abriu fogo e iniciou o tiroteio, matando um funcionário do hospital, segundo informou Inhofer.

A mulher, então, virou sua arma para policiais que atiraram para contê-la, e foi morta na troca de tiros. Um policial está gravemente ferido, mas as autoridades acreditam que não haja outras vítimas no hospital.

A polícia prossegue investigando o caso. Autoridades ainda desconhecem os motivos que iniciaram o tiroteio e a explosão.

Americano cobre corpo com lama durante fuga da polícia


O norte-americano Brian Breeze Croton, de 31 anos, foi preso na última terça-feira em St. Augustine, no estado da Flórida (EUA), depois que cobrir seu corpo com lama (inspirado em cena do filme "Rambo") em uma tentativa de escapar da polícia, segundo reportagem do jornal "St. Augustine Record".

De acordo com a polícia, Croton estava sendo ouvido como testemunha em um caso recente de roubo, quando os policiais receberam a informação de que havia um mandado de prisão contra ele. O jovem era procurado por ter faltado a uma audiência no tribunal.

Quando os agentes informaram que ele seria levado em custódia, Croton pediu se poderia falar com seu pai. Os policiais decidiram permitir que ele ligasse de um telefone público e tiraram as algemas dele. Mas, em vez de fazer a ligação, ele fugiu para uma mata.

Ele acabou detido cerca de 20 minutos depois, ao ser flagrado escondido debaixo de uma árvore com lama espalhada em seu corpo. Croton foi levado para a cadeia do condado de St. Johns sem direito à fiança, já que havia faltado a uma audiência no tribunal.

Vazamento de petróleo nos EUA foi totalmente interrompido, diz governo


Com uma cobertura final de cimento, a empresa British Petroleum interrompeu permanentemente neste domingo (19) o vazamanto de petróleo no poço Macondo, no Golfo do México, que tinha desencadeado o pior derramamento petróleo na história dos Estados Unidos.

O poço vazou de forma ininterrupta por 87 dias após uma explosão que matou 11 trabalhadores em 20 de abril, dando início ao maior desastre ambiental da história do país, que arruinou as costas de quatro estados da costa do golfo e estimulou uma moratória sobre todas as novas plataformas marítimas de perfuração.

O vazamento havia sido controlado por engenheiros da BP desde 15 de julho, com uma tampa na milha de profundidade. Isso só ocorreu depois de terem derramado mais de 4 milhões de barris de petróleo no Golfo, cerca de 16 vezes mais do que os 257 mil barris de óleo derramado pelo desastre do Exxon Valdez no Alasca em 1989.

O derramamento encolheu em US$ 70 bilhões do valor de mercado da BP.

Número de baleias encalhadas no litoral preocupa especialistas


Olha que imagem bonita! São as baleias que estão aparecendo na costa brasileira em quantidade recorde!

O problema é que muitas delas acabam enchalhando na costa --só este ano, foram 67, o número mais alto de todos os tempos.

Será que as baleias estão perdendo a direção? Tem alguma coisa estranha nos oceanos?

Como é que é a operação pra resgatar um bicho desses, tão imenso?

Operação de guerra! A notícia de uma baleia franca encalhada viva em Itapirubá, litoral sul de Santa Catarina, mobilizou forças armadas, especialistas e voluntários.

“Duas retroescavadeiras, uma pá carregadeira, trator de esteira, cabo de aço. O comprimento dela é de mais ou menos 13,5 metros. Peso de 45 toneladas”, diz o biólogo da Universidade do Extremo Sul Catarinense, Rodrigo Freitas.

No primeiro dia. O animal lutava pela vida.

“Daqui uma hora mais ou menos a maré deve estar em seu máximo de altura. E a gente tem esperança que ela saia sozinha”, afirma a bióloga Karina Groch.

A maré subiu, mas não o suficiente. Pelo contrário, trouxe mais areia. E, cada vez que as ondas batiam, o buraco ficava mais fundo.

“A gente arrastar ela mar adentro, a gente teria que conseguir fazer ela flutuar pra conseguir puxar”, conta Karina.

Foram quatro dias de tentativas, frustradas.

“Está descartada a possibilidade de resgate”, diz a bióloga.

Para diminuir o sofrimento da baleia, veterinários prepararam uma dose de remédios para o sacrifício. Mesmo assim, ela não se entregou.

“Quando nós constatamos que ela ainda permanecia viva, pra gente também foi uma surpresa”, diz ela.

No sétimo dia de agonia, nova carga de remédios. Desta vez, a baleia morreu.

“Quando as baleias encalham algo errado aconteceu”, conta o biólogo da USP, Marcos Cesar de Oliveira Santos.

Algo muito errado. As baleias mais comuns no Brasil são das espécies franca e jubarte. Elas vêm do Pólo Sul, em busca de águas mais quentes e calmas para acasalar, ter seus filhotes e amamentar.

Elas ficam em águas brasileiras de julho a outubro. Por isso, os encalhes assustam.

“Encalhes de baleia franca são bastante raros, principalmente porque ela é uma espécie costeira, que está acostumada a frequentar lugares rasos”, diz a bióloga Karina.

Este ano, foram quatro encalhes da espécie franca. O último, um filhote encontrado a poucos quilômetros da fêmea que agonizou durante uma semana, e vimos no início desta reportagem.

Os encalhes da espécie jubarte preocupam mais --porque o número é muito alto. Ainda nem acabou a temporada, e já são 62 casos no Brasil. No ano passado, foram apenas 30.

“É um número recorde e a gente ainda não tem uma causa provável para tanto encalhe”, conta o biólogo Lupércio Barbosa.

A Bahia lidera o ranking. 26 encalhes. No Espírito Santo, 21 e no Rio de Janeiro, três. Mas o que está acontecendo? Um fenômeno natural? Ou tem algo estranho no oceano?

“A gente sabe que a população dessas duas espécies, a franca e a jubarte, esta aumentando. É natural que uma população que aumente, você vai ter mais possibilidade de encontrar animais mortos”, diz Maurício Tavares, biólogo do Ceclimar, Centro de pesquisas marinhas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Durante milhões de anos, as baleias conseguiram se adaptar às lentas transformações da terra. Mas, hoje, é difícil, para elas acompanhar a velocidade com que o homem interfere na natureza.

“Elas estão sofrendo com algum impactos como em malhe de rede de pesca, colisões com grandes embarcações”, conta o biólogo do Instituto Baleia Jubarte, Clarêncio Baracho.

Na Argentina, uma entidade de proteção animal fotografou um enorme navio atropelando uma baleia em agosto deste ano.

“A gente tem aí o nosso litoral em franco desenvolvimento, a instalação de indústrias, de portos, é um motivo de preocupação”, explica a bióloga Karina.

Tanto as jubartes quanto as francas são extremamente dóceis. E costumam não temer a aproximação do homem.

Ficamos do lado de uma baleia franca, tivemos que ficar numa distancia aqui, com motor desligado, ela é que vai determinar que distância ela chega do barco.

Causas naturais são outra hipótese para o aumento de encalhes. As baleias ficam doentes e são levadas pela maré até a praia.

É o que pode ter acontecido em agosto, no Rio Grande do Sul.

“A gente notou que o animal estava bem externamente ela não tinha nenhuma lesão”, diz Mauricio Tavares.

Um batalhão de gente se empenhou para devolver o animal ao mar.

“Quando a maré subiu, o vento parou, a embarcação chegou, a gente tava com a amarração toda pronta, e a gente conseguiu fazer o desencalhe dela”, conta ele.

Só que no dia seguinte... “Encalhou de novo. Quando o pessoal se deu conta o animal tinha parado de respirar.”

“É muito difícil você salvar uma baleia que chega machucada na praia”, diz Clarêncio Baracho.

Um caso é exceção. Em outubro de 2000, o oceanógrafo Hugo Gallo se deparou com uma baleia jubarte encalhada no litoral de São Paulo.

“Havia um horário da maré que a gente sabia que era a nossa única chance de liberar o animal”, diz ele.

A equipe considerou a hipótese de resgate porque a baleia não estava ferida e respirava bem.

“O animal ficava obviamente imóvel, e quando ele se viu liberado pela maré, quando ele sentiu que podia boiar, aí ele nos ajudou bastante, se ajudou na verdade, porque ele percebendo a flutuabilidade voltar ele se virou no eixo, do próprio corpo duas vezes, e saiu nadando e a gente conseguiu com isto, realizar o resgate” conta Hugo.

As baleias mortas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul foram encaminhadas para análise e os ossos serão remontados em centros de estudos.

“O que a gente descobrir sobre essa baleia e as pesquisas que a gente vai realizar no futuro talvez vão ajudar a conservar aquelas que estão vivas na população”.

Estudando e monitorando os animais, inclusive de helicóptero, os pesquisadores lutam para que as baleias brasileiras saiam da lista dos animais ameaçados de extinção.

domingo, 5 de setembro de 2010

Médica negocia até com traficante para resgatar pit bulls em SP


A clínica e socorrista Patrícia Cancellara com a fêmea de pit bull Brisa, que ficou paraplégica após ser espancada e é mantida em um hotel para cães

Avisada por uma denunciante que prefere manter anônima, a clínica geral e socorrista Patrícia de Arruda Cancellara, de 39 anos, parte às pressas para uma favela na Zona Oeste de São Paulo. A missão dela é das mais árduas: resgatar um pit bull que está sendo agredido a pauladas depois de ter sido derrotado em uma rinha de cães.

Ao chegar ao local, depara-se com o primeiro obstáculo: é informada por moradores que a entrada dela “não é permitida por quem manda na favela”. A solução é uma só: negociar direto com o próprio traficante.

Ziraldo lança alerta aos pais : deixar filho sozinho no quarto com computador é igual a deixá-lo “na zona ou no cais do porto”. E mais: “A humanidade

Aviso aos navegantes: a Globonews reapresenta nesta segunda, às três e meia da tarde, no programa ALMANAQUE, uma entrevista em que Ziraldo levanta temas que merecem ser discutidos.

Sem medo de polêmica, o autor de livros infantis recordistas de vendagem lança um alerta aos pais: deixar filho adolescente ou pré-adolescente sozinho no quarto com um computador equivale a deixá-lo “na zona”. Deslumbrado com as maravilhas da Internet, Ziraldo faz esta ressalva: “Não se deve deixar computador no quarto do filho de jeito nenhum! O computador tem de ficar num lugar onde todo mundo passa”. Motivo: o mau uso que se faz da Internet pode atingir crianças e adolescentes.

“A humanidade - diz ele – é débil mental”.

Trechos da entrevista:

Artistas precisam de reconhecimento alheio. Você, a caminho dos setenta e oito anos de idade, ainda persegue este reconhecimento?

Ziraldo:”Sou o rei da carência! Mas melhorei muito. Vou fazer uma revelação. Por que é que trabalho tanto? Por que é que não paro de trabalhar ? Fiz dez páginas para os trinta e cinco anos da Playboy. Fiquei até de madrugada desenhando. Minha mulher dizia: “Ziraldo,pare com isso! Ficar desenhando…Você não tem de provar nada…”. E eu: “Claro que não tenho de provar. Estou pelo prazer de fazer”.

“Mas aí faço uma “análise esquizofrênica” – que é a seguinte: acho que sou ótimo. Enquanto todo mundo não achar que sou ótimo, tenho de lutar para poder provar. “Você não está vendo que sou ótimo?”. Se disserem “você é mais ou menos”, eu tenho de fazer de novo.Só pode ser isso! Não sou workholic não.Gosto de fazer o que faço.Como diria Cervantes criando Dom Quixote: meu repouso é o campo de batalha”.

Você foi criticado recentemente porque disse que a internet é “um antro de débeis mentais”.Você mantém ou retira esta declaração ?

Ziraldo: “Não! Eu mantenho! O pessoal que se chateou na internet é o pessoal que considera os internautas um clube. Não existe um clube dos internautas.O usuário da internet é a humanidade inteira. Não se pode dizer: “Sou um internauta. Você me respeite…”. O que é isso ? Já é uma forma de debilidade mental! Confirma a minha tese”.

“A internet vai mexer mais com o mundo do que a imprensa – de uma maneira extraordinária, fantástica. Hoje, não há uma informação que você procure que não esteja na internet! É inacreditável, uma coisa absurda. Mas o mal uso que fazem da internet é o mau uso que a humanidade faz da vida. A humanidade não sabe viver direito! A maioria do ser humano quer comprar feito. Não cria nada”.

“Como dizia Bernard Shaw, o homem de bom senso aceita o mundo como ele é : só os loucos querem mudar o mundo. Logo, todo progresso depende dos loucos. Isso é uma frase irônica do Bernar Shaw, mas o mundo caminha por causa dos cinco por cento que estão preocupados com o próximo, com o mundo, com o futuro”.

“Você veja a quantidade de jornais que se vendem por dia, numa população de cento e oitenta milhões de pessoas.O número de jornais que se vendem é mais ou menos a média de quem está pensando. Já na internet qualquer um entra. Eu estou mobilizado com um pessoal fazendo uma campanha : você ir para cama dormir e deixar o filho adolescente ou pré-adolescente no quarto com a internet ligada é melhor deixá-lo na zona ou no cais no porto – a filha, inclusive! Porque a internet é mais perniciosa e mais perigosa do que um bandido que vai pegar você. Diante de um bandido, você pode sair correndo. E, ali,você não grita socorro ao pai”.

“Um dos capítulos desse trabalho do pessoal quer avisar ao mundo que não se deve deixar computador no quarto do filho de jeito nenhum! O computador tem de ficar num lugar onde todo mundo passa. Porque você não sabe com que companhia o seu filho está andando. Acontece que – de madrugada – metade do mundo está acordada”.

”A quem você deixou o seu filho entregue ? É alguém que você não sabe quem é. Então, a internet é perigosa. Qualquer informação que você busca lá é sensacional. A internet é fundamental para o mundo. Não posso viver sem ela um segundo.Mas, o uso que faz da internet é o mau uso que se faz da vida! Não existe a categoria do internauta. Não é um clube.É a humanidade. E a humanidade é débil mental! Cinco por cento salvam a humanidade. O que é isso ? Agora, vão dizer: “Ziraldo falou que nós somos débeis mentais…”. Vocês são mesmo!”.

Você não teme ser acusado de olhar principalmente para o lado ruim, não para o lado bom da internet ?

Ziraldo: “Acabei de falar com você : a maior dádiva que o ser humano recebeu é o chip.O dia em que ele saiu da válvula para o chip….A Galáxia de Gutemberg agora é a Galáxia da Internet. Tenho a máquina de escrever, mas tenho toda a parafernália de que preciso. Não se pode viver um segundo sem ela.Qualquer coisa que eu preciso encontro lá, na internet. Eu baixo música !”.

“Deus do céu, que coisa impressionante. Quero ver um quadro, vejo. Tudo o que tenho de livro…Tenho todas as enciclopédias que você possa imaginar, todos os dicionários.Se eu quiser desenhar um cavalo de corrida. Tenho pastas com recortes. Outro dia, eu estava precisei desenhar um camarada num periscópio para um cartum que fiz para a Playboy. Meus livros não tinham. Pedi: me dá aí o que tiver de periscópio. Veio tudo! O que é um periscópio,como funciona : em cinco segundos! Não há hipótese de eu ser acusado de achar que a internet é um mal. É um bem.Mas a humanidade cria o bem,a necessidade e,depois, o crime”.

Você acha que já se livrou da fama de machista ?

Ziraldo: “Ah, já. Na verdade, não é a fama de machista. Não há jeito de você tirar de suas vísceras a certeza de que mulher foi um ser feito a seu serviço. Elas é que botaram na cabeça da gente: as tias, a mãe,as avós, as moças que faziam enxoval de casamento…Sua posição de achar que direitos são iguais e capacidade igual tem de ter a mesma remuneração, toda essa consciência de como deve ser esta convivência perfeita, você chega a ela pela razão,não pelo instinto…”

“Parece a todo mundo que um camarada que, instintivamente, tem um gesto de dominação sobre a mulher é machista. Não. É assim mesmo. É perigoso você falar sobre isso como é perigoso falar sobre a homossexualidade. Ainda que você acredite que esta não é uma qualidade nem um defeito do ser humano, mas uma característica, vão dizer : “esta frase que você fala é homofóbica!”. Você não sabe o que dizer. Porque podem achar homofobia!”.

“Já escrevi sobre esta coisa de nomear mal algo que parece justo mas que pode se perder pelo nome.Casamento entre homossexuais se perde pelo nome. Casamentos, no conceito que nós temos, são feitos na igreja,ainda são cristãos entre nós. É aquela coisa de casamento na igreja com Cristo. É casar com alguém do sexo diferente para procriar, para fazer família. O casamento tem essa coisa arraigada”.

“Se dois homossexuais querem viver juntos, sejam mulheres ou sejam homens, têm todo o direito. Os dois têm direito a todos os benefícios de uma união equivalente ao casamento mas deveria se chamar “união legal”. Sou a favor de união legal de homossexuais. Claro! Total e completamente. Mas não chamem de casamento. Porque não é casamento! Dizem :”Você também ? Você também”. Querem casar, mas este é detalhe de um direito líquido e certo – o de viver junto. É uma escolha que você faz”.

“Toda esse negócio de nome errado é engraçado. Fiz uma cartilha sobre trabalho infantil. “Ser contra o trabalho infantil”. Disse: “Pelo amor de Deus, não façam este negócio de ser contra o trabalho infantil! “. Trabalho dignifica o homem! Você diz a um cara da roça,no interior: “Sou contra que o teu filho trabalhe…” E ele dirá assim: “Você quer que eu crie malandro ? “. Sou contra é a exploração de mão-de-obra infantil! É este o nome da coisa! Mas os que são favoráveis à luta contra o trabalho infantil não admitem. Querem botar: “Sou contra o trabalho infantil”. Mas aí complica”.

Você foi duramente criticado porque pediu e recebeu do governo indenização por ter sido perseguido durante o regime militar.As críticas ainda irritam você ?

Ziraldo: “Profundamente! Claro! Como é que vou explicar esta história ? Nenhum de nós – de nosso grupo – pediu esta indenização. O Sindicato dos Jornalistas naquela época era muito atuante. O filho de Nélson Rodrigues convocou o departamento jurídico do Sindicato dos Jornalistas para preparar,com auxílio do Marcelo Cerqueira e do Barbosa Lima Sobrinho – que tinha sido avaliador deste projeto – a relação de jornalistas que tinham tido jornais fechados. Elencou um monte e nós entramos. O Departamento Jurídico pediu que a gente anexasse documentos. Fomos até Niterói, para ver o que a polícia falava da gente. Pegamos todo o dossiê contra nós, a relação das prisões que tivemos, as bombas no Pasquim. Alguém montou tudo isso com a ajuda do Departamento Jurídico e foi entregue. E eu nunca mais falei disso na minha vida! “.

“Começou uma crítica- até de amigos da gente – muito violenta. Alguns de nós renunciaram a esta indenização. Mas eu não me interessei mesmo. Nunca perdi emprego por causa do golpe militar e da minha luta. Perdi as coisas que eu fazia :perdi a Turma do Pererê – a revistinha que eu fazia-, perdi O Pasquim,perdi o Cartum JS. Foram fechando as coisas que eu fazia, fora as prisões que a gente teve,fora as bombas no Pasquim,fora as ameaças”.

“Dezenove anos depois, recebo um telefonema dizendo: “Você vai fazer indenizado”. Ah,mas este negócio está rolando ? Falei: “Oh, que coisa boa…Se é um direito que tenho, manda vir”. O relator do meu processo descreveu um herói tão maravilhoso…Se você visse o relatório justificando minha indenização, eu não sabia que eu era esse herói…Fui aplaudido.Quando fui saindo, numa entrevista, perguntaram o que é que eu estava achando. Eu disse: “Ah, um bando de bundas moles estão falando mal da gente.Porque, na hora da briga mesmo, ninguém se comprometeu. Agora vêm chamar a gente de canalha!”. Eu disse: “Ah,manda esses caras….”. Virou manchete de jornal. Virei um “canalha”. Quero dizer a você o seguinte: eu tinha de receber um milhão e duzentos, porque o processo corre desde o dia em que ele entra na pauta. Como ganhei a indenização, eles teriam de me pagar todos os atrasados de dezenove anos. Não recebi. Ninguém recebeu”.

“Determinou-se que o que eu ganhava na época equivalia a ganhar quatro mil reais hoje. Então, há cerca de dez,doze meses recebo quatro mil reais por mês. Com mil de aposentadoria do INSS, sou um aposentado aos 78 anos de idade de cinco mil reais por mês (…)Eu mereço,eu mereço. Mereço até mais do que isso. Mas nunca pedi, porque não gosto de ficar pedindo as coisas. Mas,se me pagarem este um milhão de duzentos mil de atrasados, vou aceitar. Eu treriade devolver pro Tesouro Nacional. Não tenho nem como devolver.Não existe uma forma jurídica de devolver este dinheiro, a não ser que eu dê para uma instituição de caridade”

Filho de Che Guevara critica "desmedida" comercialização da imagem do pai


Camilo Guevara, filho do ícone Ernesto Che Guevara, disse durante entrevista em Montreal, que a comercialização "desmedida e desproporcional" da imagem do revolucionário argentino está tentando fazer com que sua história e ideologia desapareçam.

O filho, de 48 anos, viajou ao Canadá para assistir à projeção do documentário "'Che', um Homem Novo", do argentino Tristán Bauer, no Festival de Filmes do Mundo de Montreal.

Dilma nega críticas


Durante a entrevista para a imprensa, Dilma evitou comentar sobre um possível constrangimento de sua parte por ser apoiada pelo senador Fernando Collor (PTB), que concorre ao governo de Alagoas. A petista avaliou como “mecanismo escuso” o fato de adversários usarem o apoio de Collor para criticá-la. “Não tenho a mesma posição histórica do presidente Collor. Se ele quiser apoiar minha candidatura é uma questão de liberdade democrática. Posições éticas eu compartilho com as minhas. Tenho vários apoios lá [em Alagoas], inclusive do Ronaldo Lessa [candidato do PSB ao governo local]”, afirmou Dilma.

05/09/2010 20h26 - Atualizado em 05/09/2010 20h28 Veneza realiza desfile de embarcações históricas


Grande Canal, principal via aquática da cidade, recebeu os barcos.
Evento é um dos principais do calendário festivo veneziano.

Os Grande Canal de Veneza recebeu neste domingo (5) uma parada de embarcações históricas, como a da imagem, conhecida como 'Bucintoro', que servia para transportar o Doge, o líder máximo da República de Veneza, até o fim do século XVIII.

Chuvas na Guatemala deixam pelo menos 36 mortos e 40 desaparecidos


As autoridades da Guatemala confirmaram neste domingo a morte de, pelo menos, 36 pessoas em diversos acidentes provocados pelas chuvas que castigam a nação, e disseram que, pelo menos, outras 40 permanecem soterradas em uma estrada no oeste do país.

Segundo o último boletim oficial da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred), as chuvas tiraram a vida de 36 pessoas entre sábado e domingo, 40 foram declaradas desaparecidas e 50 ficaram gravemente feridos.

"Nas últimas 24 horas, atendemos 189 emergências de distinta natureza" provocadas pelas chuvas, declarou em entrevista coletiva o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, após sobrevoar as zonas do oeste do país afetadas pelas chuvas das últimas horas.

"É doloroso que as pessoas mais pobres paguem a conta dos fenômenos naturais", lamentou o líder. Ele pediu aos cidadãos que colaborem com os bombeiros e não saiam de casa para evitar desastres maiores.

O secretário da Conred, Alejandro Maldonado, indicou em entrevista coletiva que 30,5 mil pessoas se encontram em situação de risco, 41.865 foram diretamente afetadas, 10.162 evacuadas para lugares seguros e 6.996 foram levadas a abrigos temporários.

O comandante dos Bombeiros Voluntários Departamentais, Carlos Ruiz, anunciou à imprensa local que, até o meio-dia local (15h de Brasília), as equipes haviam conseguido resgatar 21 corpos das dezenas de pessoas que, na noite de sábado, foram soterradas por um desmoronamento de terra, lodo e rochas sobre a estrada Interamericana, no oeste do país.

Segundo um boletim oficial, até às 14h local (17h de Brasília), o número de corpos resgatados permanecia em 21.

Embora versões preliminares dos bombeiros mencionem mais de 100 pessoas enterradas, Ruiz afirmou que, "segundo os vizinhos e familiares, acredita-se que entre 35 e 40 pessoas ainda estejam soterradas".

Mais cedo, Ruiz assinalou que os trabalhos continuariam caso não chovesse. "Vamos continuar trabalhando no resgate. Esperamos que não chova, porque isso dificultará os trabalhos e teríamos de suspendê-los".

No entanto, as fortes chuvas que voltaram a cair hoje suspenderam as atividades de resgate. O porta-voz da Conred, David de León, disse à agência Efe que "as equipes de socorro decidiram suspender os trabalhos de resgate devido às fortes chuvas que se retomaram ao meio-dia" deste domingo hoje (15h de Brasília).

"Os socorristas permanecerão no local, mas é difícil que retomem hoje o trabalho de resgate porque se reduz a visibilidade e isso aumenta o perigo", precisou León.

Segundo a Conred, a terra desmoronou sobre cinco carros e um ônibus que passavam pelo local e os arrastou para um barranco de 300 m de altura.

Dezenas de habitantes das comunidades vizinhas ficaram soterrados quando um segundo deslizamento de terra os surpreendeu enquanto ajudavam os bombeiros no resgate das vítimas.

Especialistas em busca e resgate de vítimas da Unidade Humanitária e de Resgate do Exército e das equipes de resposta imediata da Conred se uniram neste domingo aos mais de 150 bombeiros que trabalham no socorro das vítimas.

"É humanamente compreensível que (os habitantes) quisessem ajudar a buscar seus parentes e amigos, mas o morro veio e os levou. Não temos um número estimado (de vítimas). Por enquanto há 21 corpos (resgatados), mas podem haver mais", assinalou o presidente da Guatemala.

As chuvas, que começaram a perder força, destruíram pontes e estradas, deixando mais de 80 barreiras derrubadas, arrasando plantações e inundando centenas de casas.

Colom, que, no sábado, declarou estado de "emergência nacional" em razão das chuvas, quantificou os danos entre US$ 375 e US$ 500 milhões e pediu ao Parlamento que aprove uma ampliação do orçamento deste ano e um imposto temporário denominado "bônus de reconstrução" para enfrentar a catástrofe.

Segundo o ministro das Comunicações guatemalteco, Guillermo Castillo, "é previsível que ocorram mais derrubadas e deslizamentos", porque os solos estão saturados de água.

Ele afirmou que dezenas de grupos trabalham na reabilitação das principais estradas do país, mas advertiu que seu Ministério não conta com recursos suficientes para reconstruir as rodovias e pontes afetadas.

Segundo o Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia, as chuvas que castigam a Guatemala desde quinta-feira passada são resultado de um sistema de baixa pressão proveniente do norte, que se manterá durante as próximas 24 horas.

05/09/2010 14h09 - Atualizado em 05/09/2010 16h24 Em menos de 24h, temperatura cai pela metade em SP


Após vários dias secos e quentes, o paulistano enfrenta neste domingo (5), véspera de feriado, frio e chuva. Em menos de 24 horas, a temperatura despencou pela metade e a umidade do ar subiu consideravelmente.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por volta das 15h de sábado a cidade teve 31,6ºC. Neste domingo, pela manhã, por volta das 10h, foram registrados 15,5ºC. Às 13h, os termômetros na estação automática do Mirante de Santana marcaram 17,2ºC.

Além do frio, a capital também teve chuva, depois de quase um mês sem precipitação significativa na cidade, o que fez a umidade subir e, enfim, figurar no índice considerado recomendável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Às 13h deste domingo, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a umidade relativa do ar na cidade estava em 75%.

Desde o dia 19 de agosto, com a exceção do dia 30, a capital vinha registrando índices críticos, abaixo dos 30%, o que obrigou a Defesa Civil a colocar a cidade sistematicamente em atenção ou alerta.

De acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, a mudança brusca de temperatura foi causada pelo encontro de uma "frente fria já esperada com uma massa de ar quente e seco".

A expectativa para a segunda-feira, segundo o Inmet, é de tempo nublado e encoberto, com névoa úmida e chuva fraca isolada. A máxima não deve passar de 19ºC e a mínima deve ficar em 12ºC.

O feriado do Dia da Independência também deve ter chuva ocasional, com ventos de fracos a moderados. A máxima prevista é de 21ºC, em ligeira elevação.

domingo, 29 de agosto de 2010

Coordenador de Dilma critica ações do MPE contra blogueiros


DA REDAÇÃO - O coordenador da campanha de Dilma Roussef (PT) na Internet, Marcelo Branco, criticou neste sábado (19), em Santa Catarina, a ação impetrada pelo Ministério Público Eleitoral para que blogs favoráveis a candidatos à presidência fossem retirados do ar.

Ao participar de um seminário de comunicação promovido pelo PT do Estado, Marcelo Branco qualificou como “censura” a ação contra o blog “Amigos do Lula” e outros em favor de José Serra. “Essa é a minha opinião como activista dos direitos civis na Internet”, afirmou. “Da mesma que tantos blogueiros, vinculados veículos de comunicação, podem cumprir uma eleição e emitir uma opinião, por que o usuário comum não pode fazer o mesmo?”.

O coordenador da campanha de Dilma disse não acreditar que a ação prospere junto ao TSE e comparou o caso a um fechamento de jornal ou emissora de televisão. “Essa ação não deveria ser acatada. Retirar do ar um blog é a uma censura”, disse. “É a mesma coisa que fechar um jornal ou uma emissora de rádio ou televisão com a alegação de que o conteúdo estaria desrespeitando a legislação”, afirmou Branco.

Os próprios usuários que mantém os blogs, na opinião de Branco, deveriam ser responsabilizados judicialmente pelos textos. “Jornalistas e militantes são responsáveis pelo seu conteúdo e podem ser processados por difamação e calúnia”, afirmou. “Isso faz parte da democracia. Mas não a retirada do ar, a censura pura e simples”.

Na última quinta-feira (17), o MPE apresentou dois pedidos junto ao TSE. Um de retirada do ar do blog “Amigos do Lula” e outro solicitando informações ao Google sobre os dados dos responsáveis por página semelhante em favor de José Serra (PSDB). Portal Terra - 19/06/2010,

SITE ONDE FOI ENCONTRADO
(http://www.dilma2010.blog.br/coordenador-de-dilma-critica-acoes-do-mpe-contra-blogueiros/)

ISSO É UMA GRANDE INJUSTIÇA PARA NOS BLOGUEIROS
COMO UM RADIO OU UMA EMISSORA DE TV
TEMOS NOSSOS DIREITOS DE OPINAR,
AGORA SE ELA TEM MEDO DE NOSSA
OPINIÃO É PORQUE À TÃO PERFEITA
CANDIDATA POSSUI ALGO A ESCONDIDO
QUE PODE PREJUDICAR NA CAMPANHA,
SERÁ QUE DEVEMOS CONFIAR EM UMA
PESSOA COMO ESSA ???
JÁ QUE ANTES DE SER ALGUMA COISA,
ESTA QUERENDO APLICAR A CESURA,
ALGO QUE JÁ FOI ABOLIDO HÁ ALGUM TEMPO.

OBS: (AINDA NÃO ESCOLHI PARA QUEM VOTAR,
NÃO ESTOU DO LADO DE NINGUÉM
APENAS EXERCENDO UM DIREITO
CONQUISTADO POR NOS BRASILEIRO)

Indio da Costa faz Críticas contra PAC e Dilma Rousseff

O Partido da Social Democracia Brasileira demorou certo tempo para indicar o nome que viria a compor o vice na chapa do presidenciável José Serra (PSDB), definição só acontecida nos últimos instantes permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e após encontros a perder de vista entre tucanos e sua base aliada, o DEM. Indio da Costa, deputado democrata, foi o escolhido e embora desconhecido nas demais regiões do Brasil, com exceção do Rio de Janeiro, conseguiu rápida notoriedade.

Ao especular ligação do Partido dos Trabalhadores – que concorre por meio de Dilma Rousseff à presidência da República – com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARCs), com o narcotráfico e até com o Comando Vermelho, Indio causou certo furor na oposição, que imediatamente decidiu reagir ao entrar com pedido por danos morais contra o democrata.

Apesar de novo, Indio mostra-se bem articulado com a militância jovem do Brasil. O espírito guerreiro, às vezes arriscado, é só uma de suas artimanhas. Sua mais recente aparição em público ocorreu na última terça-feira, 24 de agosto, durante debate entre os candidatos à vice-presidência. Na oportunidade não poupou críticas a Dilma ao asseverar que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi um fracasso.

Em relação direta à postulante do PT, afiançou que ela nunca exerceu cargos políticos como deputada ou vereadora, portanto está sem preparo para gerir o Brasil, situação que se for concretizada, segundo menção emitida durante reportagem veiculada pelo portal de notícias G1, poderá acarretar graves riscos ao próprio país.

Tucano faz críticas a Dilma e diz que ministra mente

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), divulgou nota nesta noite no qual faz duras críticas à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a quem o senador acusa de "mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades".

"Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão", afirma o senador, logo no início do texto.

Sérgio Guerra também voltou a criticar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como fez ontem a vice-presidente do partido, senadora Marisa Serrano (MS). Na avaliação de Sérgio Guerra, o PAC não é um programa de governo "e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas".

"Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por Estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos - ainda não saíram do papel", afirma o senador.

Esta é a segunda nota divulgada à imprensa pelo PSDB. Ontem à noite, foi a vez do ex-presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), divulgar nota em nome do partido. "O PSDB demonstra que está descontrolado para a legítima disputa de projetos que ocorrerá neste ano de 2010", afirmou o deputado.

A troca de acusações entre PT e PSDB começou após discurso da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que, durante a inauguração de uma obra em Minas Gerais, disse que a oposição pretendia acabar com o PAC e com o programa Bolsa-Família. Prontamente, o PSDB rebateu a afirmação da ministra. Em nota, a vice-presidente do PSDB, senadora Marisa Serrano (MS), disse que a ministra é reconhecida pela sua "falta de experiência política", e afirmou que a ministra adotou a "retórica do medo e da mentira".

Ao rebater o discurso da ministra Dilma Rousseff, o PSDB cumpre estratégia do governador de São Paulo, José Serra, que disse que cabe ao partido e não ele, como pré-candidato, fazer oposição ao governo. Mais cedo, José Serra voltou a dizer que ficará longe do "debate eleitoral" e da "baixaria". José Serra e Dilma Rousseff são os pré-candidatos à presidência da República.

Segue a íntegra da nota:

"Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.

Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas. Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal.

Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.

Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.

Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra.

Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos - ainda não saíram do papel.

Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades.

A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.

Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado.

Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.

Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.

Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos.

Senador Sérgio Guerra

Presidente Nacional do PSDB"

FHC reafirma críticas contra Dilma Rousseff

O JORNAL TRIBUN DO NORTE COMENTA CRITICAS SOBRE DILMA:

São Paulo (AE) - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez uma série de críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Ele criticou, em entrevista ao Miami Herald, a pré-candidata presidencial Dilma Roussef (PT). Em texto divulgado no site do jornal, Fernando Henrique qualificou a ministra da Casa Civil como “dogmática” e “autoritária”.

Entrevistado por Andres Oppenheimer, FHC afirmou que Dilma “ainda não tem qualquer experiência de liderança”. Além disso, repetiu crítica realizada recentemente, segundo a qual a ministra “não é líder”. Questionado sobre se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria uma ascendência sobre Dilma, caso ela fosse eleita, FHC disse que isso provavelmente não ocorreria. Segundo ele, isso se daria também pelas características pessoais de Dilma. “Ela é uma pessoa muito dura, autoritária”, avaliou o tucano.

Em uma comparação, o ex-presidente disse que Lula é mais independente em relação ao Partido dos Trabalhadores, além de qualificá-lo como “um negociador habilidoso”. “Ele tem a habilidade para mudar de opinião”, notou. Já a ministra, para FHC, provavelmente não teria essa postura, “porque ela é mais - talvez isso seja um pouco duro - dogmática. Ela tem uma visão um pouco mais datada...favorecendo uma maior interferência do Estado (na economia)”.

O ex-presidente disse que “provavelmente” Dilma teria uma relação mais próxima com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Após ressalvar que o Brasil tem instituições sólidas, FHC afirmou que “o coração de Dilma é mais próximo da esquerda”.

'Negociei o fôlego até o final', diz atleta de corrida vertical em SP


Atletas profissionais e amadores participam neste domingo (29) em São Paulo da 1º prova de corrida vertical do Brasil. O desafio, que começou pela manhã e vai até as 16h, é subir correndo 31 andares de escada, vencendo 765 degraus de um prédio no Brooklin, Zona Sul da capital.

Às 13h30, o atleta Reginaldo Pereira da Silva, de 38 anos, já tinha terminado sua bateria - ele largou com outros competidores na categoria elite. "Foi execelente. Agora estou descansando", contou o rapaz, especialista em corridas em montanhas. Para ele, difícil foi manter o ritmo forte a partir do 25º lance.

"Negociei o fôlego até o final para chegar lá em cima tranquilo." A competição, realizada nas escadas internas do prédio da Nestlé, termina no heliponto e conta com a participação de 60 atletas de elite - 50 brasileiros e 10 estrangeiros -, que largaram por volta de 12h30. Ao todo, foram 600 inscritos. Às 14h, era a vez de os participantes que iriam subir as escadas caminhando começarem a prova.