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domingo, 19 de setembro de 2010

Bancos brasileiros 'invadem' países da Ásia

SÃO PAULO - De olho no crescente interesse por ativos brasileiros na Ásia, bancos nacionais ou estrangeiros que atuam aqui vêm criando e/ou ampliando estruturas para atender a exigente clientela oriental. Profissionais fluentes em português e japonês têm sido contratados, e cursos para entender melhor a cultura local são promovidos. Já existem até anúncios de produtos financeiros brasileiros em jornais de grande circulação do Japão.

Também já é corriqueira a distribuição de panfletos promocionais com fotos de pontos turísticos brasileiros, como o Cristo Redentor, em ruas importantes de metrópoles como Tóquio. Eventos que há não muito tempo atrás eram restritos a investidores qualificados - os chamados road-shows - incluem, atualmente, pessoas físicas de classe média do Japão e de Taiwan.

"O mais interessante, desta vez, foi perceber que investir no Brasil não é mais visto como coisa exótica", disse ao Estado, de Cingapura, o principal executivo da área de administração de recursos do HSBC no Brasil, Pedro Bastos. No dia 8, ele iniciou, em Hong Kong, um road-show pela região. Passou por Japão e Taiwan, além de Cingapura. Em Tóquio, 800 investidores estiveram no evento. Em Taipei (capital de Taiwan), foram 750.

A primeira instituição de capital nacional a desbravar o mercado asiático foi o Itaú. "Começamos a visitar a região em 2006", conta Roberto Nishikawa, chefe da área global de investidores institucionais do banco. Em 2007, a instituição abriu uma corretora em Hong Kong e, em 2008, uma corretora em Tóquio.

"No começo foi muito difícil, porque o Brasil fica longe, tinha uma imagem ainda ligada à reestruturação da dívida e, para completar, crescia menos do que outros asiáticos. O investidor dizia: para que aplicar no Brasil, se aqui do lado há países que crescem muito mais?", relembra.

Hoje, ele não tem dúvidas de que a investida valeu a pena. O Itaú tem cerca de US$ 15 bilhões administrados em produtos na região, criados em parceria com instituições locais como Nikko, Daiwa, Shinko (as três no Japão) e KDB (Coreia do Sul).

O Bradesco tem 3 fundos dedicados a investidores asiáticos. O primeiro, de renda fixa, foi criado em novembro de 2008. De lá para cá, rendeu mais de 43% em ienes e 64% em dólares. Em fevereiro, abriu um (Amazon Brazil) para aplicação em ações. O mais recente, de ações de setores voltados para o consumo interno, foi lançado em junho e já rendeu 10,95% em ienes. No total, os três fundos têm patrimônio somado de quase US$ 2 bilhões.

"O que mais nos surpreende é o interesse das pessoas físicas", comenta o diretor de gestão e estratégia da Bradesco Asset Management e ex-secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. Para ele, é fundamental que o País corresponda, daqui para a frente, à confiança desses investidores.

O Banco do Brasil, que há anos tem uma estrutura no Japão voltada a brasileiros e sul-americanos que vivem no país, adaptou a estrutura local para receber também japoneses. "Ampliamos o foco de um ano para cá e já temos 4 mil contas correntes abertas por japoneses", disse o vice-presidente do banco, Alan Toledo.

Os números do Citibank Brasil também corroboram o aumento do interesse dos asiáticos. Segundo Pedro Guerra, responsável pela área de serviço de transações globais do banco no País, em 2009, os asiáticos tinham 7% dos recursos estrangeiros sob custódia da instituição. Hoje, são 14%, o equivalente a US$ 25,6 bilhões. "Os asiáticos olham mais o longo prazo."

Jerônimo Bittencourt indica lugares para praticar parkour

Desde que conheceu o parkour, em 2004, o bailarino Jerônimo Bittencourt, 27, não parou mais de pular pela cidade. A modalidade, que consiste em correr, saltar, escalar e fazer manobras usando como obstáculos muros, carros e outros objetos da paisagem urbana, já tem grupos de praticantes em vários bairros. Para o bailarino, que usa elementos do parkour na dança e dá aulas da atividade, ela não exige muita força. "Dá para fazer dentro do limite de cada um."

Jerônimo já andou fazendo peripécias por países como França e Inglaterra e acha que São Paulo é "a cara do parkour brasileiro". "No exterior, é muito mais fácil, tudo de tijolinho, tranquilo. Por não ser planejada, São Paulo tem obstáculos bem mais variados, o que permite um repertório maior de movimentos."

Jefferson Coppola/Folhapress
Jerônimo Bittencourt, 27, praticante de parkour e bailarino, escala e salta na escadaria da rua Havaí, em Perdizes
Jerônimo Bittencourt, 27, praticante de parkour e bailarino, escala e salta na escadaria da rua Havaí, em Perdizes

1. Escadão da rua Havaí
"Tem grande variedade de obstáculos, o que permite todo tipo de movimentação: dá para chegar de manhã e sair só à noite"
R. Havaí, perto do número 662, Perdizes, região oeste

2. Vale do Anhangabaú e praça do Terminal Bandeira, centro
"É preciso caminhar de um obstáculo a outro, mas eles estão num perímetro pequeno e são muito variados"

3. Parque Ibirapuera
"Tem que ter um olhar mais aguçado para encontrar os obstáculos e os seguranças são um pouco chatos, mas é legal por ser bonito e ao ar livre"

4. Av. 9 de Julho, na altura da praça 14 Bis, centro
"Tem muitos escadões nas laterais, muitas pontes, bons obstáculos para a prática da atividade"

Tiroteio e explosão matam quatro pessoas em hospital na Alemanha

Quatro pessoas morreram e um policial está gravemente ferido em uma cidade no sudoeste da Alemanha neste domingo (19), após uma explosão em um prédio residencial e um tiroteio no hospital da vizinhança, acontecimentos que as autoridades creem estarem relacionados.


Patrick Seeger/AFP
Carros da polícia e dos bombeiros diante do hospital Elisabethen, em Lörrach (Alemanha), onde uma mulher entrou atirando
Carros da polícia e dos bombeiros diante do hospital Elisabethen, em Lörrach (Alemanha), onde uma mulher entrou atirando

Duas pessoas foram encontradas mortas em um edifício de apartamentos que incendiou após uma explosão na tarde de hoje, segundo informou o procurador-geral da cidade de Loerrach, Dieter Inhofer, a uma televisão pública local.

Armada com um revólver, outra mulher foi vista correndo da explosão na vizinhança do hospital St. Elisabethen, local no qual ela abriu fogo e iniciou o tiroteio, matando um funcionário do hospital, segundo informou Inhofer.

A mulher, então, virou sua arma para policiais que atiraram para contê-la, e foi morta na troca de tiros. Um policial está gravemente ferido, mas as autoridades acreditam que não haja outras vítimas no hospital.

A polícia prossegue investigando o caso. Autoridades ainda desconhecem os motivos que iniciaram o tiroteio e a explosão.

Americano cobre corpo com lama durante fuga da polícia


O norte-americano Brian Breeze Croton, de 31 anos, foi preso na última terça-feira em St. Augustine, no estado da Flórida (EUA), depois que cobrir seu corpo com lama (inspirado em cena do filme "Rambo") em uma tentativa de escapar da polícia, segundo reportagem do jornal "St. Augustine Record".

De acordo com a polícia, Croton estava sendo ouvido como testemunha em um caso recente de roubo, quando os policiais receberam a informação de que havia um mandado de prisão contra ele. O jovem era procurado por ter faltado a uma audiência no tribunal.

Quando os agentes informaram que ele seria levado em custódia, Croton pediu se poderia falar com seu pai. Os policiais decidiram permitir que ele ligasse de um telefone público e tiraram as algemas dele. Mas, em vez de fazer a ligação, ele fugiu para uma mata.

Ele acabou detido cerca de 20 minutos depois, ao ser flagrado escondido debaixo de uma árvore com lama espalhada em seu corpo. Croton foi levado para a cadeia do condado de St. Johns sem direito à fiança, já que havia faltado a uma audiência no tribunal.

Vazamento de petróleo nos EUA foi totalmente interrompido, diz governo


Com uma cobertura final de cimento, a empresa British Petroleum interrompeu permanentemente neste domingo (19) o vazamanto de petróleo no poço Macondo, no Golfo do México, que tinha desencadeado o pior derramamento petróleo na história dos Estados Unidos.

O poço vazou de forma ininterrupta por 87 dias após uma explosão que matou 11 trabalhadores em 20 de abril, dando início ao maior desastre ambiental da história do país, que arruinou as costas de quatro estados da costa do golfo e estimulou uma moratória sobre todas as novas plataformas marítimas de perfuração.

O vazamento havia sido controlado por engenheiros da BP desde 15 de julho, com uma tampa na milha de profundidade. Isso só ocorreu depois de terem derramado mais de 4 milhões de barris de petróleo no Golfo, cerca de 16 vezes mais do que os 257 mil barris de óleo derramado pelo desastre do Exxon Valdez no Alasca em 1989.

O derramamento encolheu em US$ 70 bilhões do valor de mercado da BP.

Número de baleias encalhadas no litoral preocupa especialistas


Olha que imagem bonita! São as baleias que estão aparecendo na costa brasileira em quantidade recorde!

O problema é que muitas delas acabam enchalhando na costa --só este ano, foram 67, o número mais alto de todos os tempos.

Será que as baleias estão perdendo a direção? Tem alguma coisa estranha nos oceanos?

Como é que é a operação pra resgatar um bicho desses, tão imenso?

Operação de guerra! A notícia de uma baleia franca encalhada viva em Itapirubá, litoral sul de Santa Catarina, mobilizou forças armadas, especialistas e voluntários.

“Duas retroescavadeiras, uma pá carregadeira, trator de esteira, cabo de aço. O comprimento dela é de mais ou menos 13,5 metros. Peso de 45 toneladas”, diz o biólogo da Universidade do Extremo Sul Catarinense, Rodrigo Freitas.

No primeiro dia. O animal lutava pela vida.

“Daqui uma hora mais ou menos a maré deve estar em seu máximo de altura. E a gente tem esperança que ela saia sozinha”, afirma a bióloga Karina Groch.

A maré subiu, mas não o suficiente. Pelo contrário, trouxe mais areia. E, cada vez que as ondas batiam, o buraco ficava mais fundo.

“A gente arrastar ela mar adentro, a gente teria que conseguir fazer ela flutuar pra conseguir puxar”, conta Karina.

Foram quatro dias de tentativas, frustradas.

“Está descartada a possibilidade de resgate”, diz a bióloga.

Para diminuir o sofrimento da baleia, veterinários prepararam uma dose de remédios para o sacrifício. Mesmo assim, ela não se entregou.

“Quando nós constatamos que ela ainda permanecia viva, pra gente também foi uma surpresa”, diz ela.

No sétimo dia de agonia, nova carga de remédios. Desta vez, a baleia morreu.

“Quando as baleias encalham algo errado aconteceu”, conta o biólogo da USP, Marcos Cesar de Oliveira Santos.

Algo muito errado. As baleias mais comuns no Brasil são das espécies franca e jubarte. Elas vêm do Pólo Sul, em busca de águas mais quentes e calmas para acasalar, ter seus filhotes e amamentar.

Elas ficam em águas brasileiras de julho a outubro. Por isso, os encalhes assustam.

“Encalhes de baleia franca são bastante raros, principalmente porque ela é uma espécie costeira, que está acostumada a frequentar lugares rasos”, diz a bióloga Karina.

Este ano, foram quatro encalhes da espécie franca. O último, um filhote encontrado a poucos quilômetros da fêmea que agonizou durante uma semana, e vimos no início desta reportagem.

Os encalhes da espécie jubarte preocupam mais --porque o número é muito alto. Ainda nem acabou a temporada, e já são 62 casos no Brasil. No ano passado, foram apenas 30.

“É um número recorde e a gente ainda não tem uma causa provável para tanto encalhe”, conta o biólogo Lupércio Barbosa.

A Bahia lidera o ranking. 26 encalhes. No Espírito Santo, 21 e no Rio de Janeiro, três. Mas o que está acontecendo? Um fenômeno natural? Ou tem algo estranho no oceano?

“A gente sabe que a população dessas duas espécies, a franca e a jubarte, esta aumentando. É natural que uma população que aumente, você vai ter mais possibilidade de encontrar animais mortos”, diz Maurício Tavares, biólogo do Ceclimar, Centro de pesquisas marinhas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Durante milhões de anos, as baleias conseguiram se adaptar às lentas transformações da terra. Mas, hoje, é difícil, para elas acompanhar a velocidade com que o homem interfere na natureza.

“Elas estão sofrendo com algum impactos como em malhe de rede de pesca, colisões com grandes embarcações”, conta o biólogo do Instituto Baleia Jubarte, Clarêncio Baracho.

Na Argentina, uma entidade de proteção animal fotografou um enorme navio atropelando uma baleia em agosto deste ano.

“A gente tem aí o nosso litoral em franco desenvolvimento, a instalação de indústrias, de portos, é um motivo de preocupação”, explica a bióloga Karina.

Tanto as jubartes quanto as francas são extremamente dóceis. E costumam não temer a aproximação do homem.

Ficamos do lado de uma baleia franca, tivemos que ficar numa distancia aqui, com motor desligado, ela é que vai determinar que distância ela chega do barco.

Causas naturais são outra hipótese para o aumento de encalhes. As baleias ficam doentes e são levadas pela maré até a praia.

É o que pode ter acontecido em agosto, no Rio Grande do Sul.

“A gente notou que o animal estava bem externamente ela não tinha nenhuma lesão”, diz Mauricio Tavares.

Um batalhão de gente se empenhou para devolver o animal ao mar.

“Quando a maré subiu, o vento parou, a embarcação chegou, a gente tava com a amarração toda pronta, e a gente conseguiu fazer o desencalhe dela”, conta ele.

Só que no dia seguinte... “Encalhou de novo. Quando o pessoal se deu conta o animal tinha parado de respirar.”

“É muito difícil você salvar uma baleia que chega machucada na praia”, diz Clarêncio Baracho.

Um caso é exceção. Em outubro de 2000, o oceanógrafo Hugo Gallo se deparou com uma baleia jubarte encalhada no litoral de São Paulo.

“Havia um horário da maré que a gente sabia que era a nossa única chance de liberar o animal”, diz ele.

A equipe considerou a hipótese de resgate porque a baleia não estava ferida e respirava bem.

“O animal ficava obviamente imóvel, e quando ele se viu liberado pela maré, quando ele sentiu que podia boiar, aí ele nos ajudou bastante, se ajudou na verdade, porque ele percebendo a flutuabilidade voltar ele se virou no eixo, do próprio corpo duas vezes, e saiu nadando e a gente conseguiu com isto, realizar o resgate” conta Hugo.

As baleias mortas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul foram encaminhadas para análise e os ossos serão remontados em centros de estudos.

“O que a gente descobrir sobre essa baleia e as pesquisas que a gente vai realizar no futuro talvez vão ajudar a conservar aquelas que estão vivas na população”.

Estudando e monitorando os animais, inclusive de helicóptero, os pesquisadores lutam para que as baleias brasileiras saiam da lista dos animais ameaçados de extinção.